domingo, 27 de julho de 2008

Os 10 piores controles de todos os tempos

Bem, estive meio ausente das atividades bloguísticas por esses tempos, então estou voltando com mais um tópico da série “dez mais”. O controle definitivamente é um dos acessórios cruciais para o sucesso ou fracasso de um console. Dos primeiros e simples consoles de um botão ao inovador Wii remote, passando pelo igualmente inovador (em 1985) controle digital do Nintendo 8 bits, vários foram os controles que se encaixavam completamente na jogabilidade de certos jogos. Além disso, todos sabemos que não há emuladores que simulem aquele contato com aqueles controles que preenchiam nossas tardes anos atrás.

Porém, alguns desses controles pareceram mais uma brincadeira de mau gosto por parte dos engenheiros das grandes empresas de games. Vamos a alguns deles:


10º lugar: Playstation 1 (primeiro modelo)















Muito antes do Dual Shock, os primeiros controles do Playstation 1 tornaram a jogabilidade em certos jogos extremamente complicad a. Jogos de lu ta nesses controle, por exemplo, era um martírio para os jogadores.


9º lugar - XBOX (primeiro modelo)
















Pesado e antiquado, o primeiro modelo do controle fabricado pela Microsoft não oferecia conforto e rapidez para os jogadores. Sabendo disso, logo a Microsoft lançou um novo modelo, menor e mais confortável.


8º lugar - Atari Jaguar















A última cartada da Atari resgatava o teclado numérico utilizado em consoles do passado, mas essa parafernália de botões só serviu para tornar o controle extremamente complicado e desconfortável.


7º lugar - Intellivision















Embora tenha tido um design inovador para a época, o controle do Mattel Intellivision, sofria com um grave problema: a fragilidade. A vida útil do controle era extremamente curta e, no primeiro modelo do videogame, eles não podiam ser substituídos, pois eram acoplados ao console.


6º lugar - Colecovision















Similar ao do encontrado no Intellivision, porém mais resistente. O problema aqui não era a fragilidade e sim a posição do direcional, que dificultava a jogabilidade.


5º lugar - Amiga CD

















Além de ser horroroso, o controle do Amiga CD não oferecia ao jogador o conforto necessário, talvez pelo fato de ter sido construído de cabeça para baixo! Não fazia muita diferença, já que a biblioteca de jogos do Amiga não era nenhuma maravilha...

4º lugar - RCA Studio II











O RCA Studio era a tentativa da RCA entrar no mercado de videogames, mas a empresa não obteve muito sucesso. Para piorar, os controles eram fixos ao console e o direcional era substituído por um teclado numérico, tornando os controles extremamente complicados.


3º Lugar - Bally Professional Arcade
















O controle do obscuro sistema da Bally era estranho, sendo que os movimentos eram controlados rodando o botão de cima para os lados, como se fosse um controle de volume. Isso não ajudou o console a se popularizar.

2º lugar - Fairchild Channel F






















Ele foi o primeiro console programável da história e o primeiro a criar a idéia de “cartuchos”. Mas tinha um controle que parecia mais um vibrador, é bem verdade.


1º lugar - Atari 5200














Muitos controles ruins foram fabricados, é verdade, mas nenhum se compara ao Atari 5200. Ao tentar inovar com a idéia de um controle analógico, a Atari fez uma tremenda besteira e fabricou um controle impossível de ser centralizado, tornando a jogabilidade impossível em vários jogos. Essa foi provavelmente a maior causa do fracasso do sucessor do Atari 2600, e contribuiu e muito para o crash do mercado de videogames, em 1984.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

A batalha!


Um longo período se estendeu até que o start fosse novamente apertado. Aquela era uma situação inusitada, inédita. Desde que começara a confrontar suas deficiências e habilidades frente ao velho televisor preto e branco, não se recordava de ter vivido situação semelhante. Levantou calmamente e foi até o console, munido da velha calma de sempre, tentou por um momento sentir o que aquele pequeno objeto poderia lhe dizer. Foi pego de surpresa pela breve loucura que o acometera. Como poderia conversar com um objeto eletrônico? Talvez fosse hora de parar e ir para a cama. Se o start fosse novamente apertado, poderia correr o risco de terminar a noite no mesmo lugar que começara o dia. Além do mais, já estava farto de ouvir que suas notas estavam baixas e não possuía novas desculpas para justificar seu próprio fracasso. Afinal, até a velha professora que por tantas vezes acusara de te-lo perseguido, havia se aposentado. Mas lera em uma revista de games que aquela era a última fase do jogo, portanto, não custaria tentar uma vez mais. Tirou o cartucho cuidadosamente e usou a velha e infalível técnica do assopro. Usando uma ponta da camiseta limpou com uma quantidade pequena de cuspe e voltou a encaixa-lo no console. Pressionou o power e lá estava novamente a imagem que por um breve segundo chegou mesmo a acreditar, não existiria mais. Imagem e som, era hora de apertar o start e dar continuidade à sua interminável batalha.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

5 milhões de Extraterrestres enterrados no Novo México

Em 1982 a Warner Communications tinha todos os motivos do mundo para comemorar. Afinal, em 1976 haviam adquirido a Atari de Nolan Bushnell pela bagatela de 28 milhões de dólares. Em pouco tempo, os lucros da companhia superaram os 2 bilhões de dólares, transformando-se em um negócios mais bem sucedidos da história.

Pensando em aumentar mais essas cifras, a Warner entrou em contato com Steven Spielberg e a Universal Studios, para que pudessem obter os direitos de produção para um jogo, que seria lançado para o Atari 2600, baseado no filme E.T., o Extraterrestre. Era o início de uma fórmula praticada ainda nos dias de hoje: o lançamento de jogo$ baseado$ em filme$ de $uce$$o. Certamente, pensava o pessoal da Warner, um jogo baseado em um sucesso de bilheteria incontestável como ET, o Extraterrestre, haveria de render alguns milhões de dólares à companhia.


A programação do game ficara sob a responsabilidade de Howard Scott Warshaw, que já havia programado a adaptação "Raiders of Lost Ark", um dos mais complexos jogos lançados para o mesmo Atari 2600. Como a Warner queria lançar o jogo a tempo para a temporada de natal de 1982, Warshaw teve menos de 6 semanas para programar o jogo. Para vocês terem uma idéia, um jogo de Atari demorava, em média, 6 meses para ser programado. O resultado disso tudo foi um jogo que hoje é listado em qualquer ranking de piores de todos os tempos e que, já naquela época, foi um fracasso de vendas, contribuindo para o "crash" do mercado de videogames em 84 e gerando um "encalhe" de cartuchos nos depósitos da Atari. A produção inicial de "ET" foi de 5 milhões de cartuchos, sendo que a maioria deles não foi vendido. Era o primeiro dos vários fracassos da Atari.

Reza a lenda (e é certo que pelo menos parte dela seja verdadeira) que os "encalhes" de E.T. foram enterrados em um deserto no Novo México, junto com material de merchandising do game. O Estado que foi palco do famoso Caso Roswell também possui milhões de E.T.'s enterrados ainda hoje!

Bem, curioso com isso tudo, há algum tempo atrás eu resolvi jogar esse "pobre infame" para conferir se era tudo isso que falavam. Eu achei fantástica a tela de abertura, com a música do E.T. e tudo e, enquanto jogava, pensava: bem, isso tudo que falam é um exagero! Até que é divertido! Mas havia um detalhe: eu não tinha a mínima idéia do que estava fazendo, o que devia fazer, cara, eu não tinha idéia de porcaria nenhuma daquele jogo. Eu só caía em uns buracos o tempo todo...



Para ajudar a solucionar os mistérios daquele "complexo game", eu assisti a um vídeo no Youtube... Era só fugir do cientista, pegar uns doces, juntar 3 pedaços de telefone, ligar pra casa e pronto! Agora eu sabia como jogar... Liguei o console denovo e, após algum tempo, em que eu tentava me convencer de que sim, aquele era um bom jogo, já estava de saco cheio... Não sei o que há nesse jogo, creio que ele não é totalmente "unplayable", como muitos dizem, mas algo nele faz com que a jogabilidade seja totalmente monótona e que você tenha vontade de jogar o controle no chão e sair na rua pregando a morte do criador dessa porcaria. Creio que a dificuldade contribua para que a situação se agrave. Dá pra entender porque esse joguinho causou esse estrago todo na Atari.

Ok, por hoje é só. E, para quem não conhece, assista ao excelente clip da banda Wintergreen, que ilustra muito bem tudo isso que eu disse: